Turismo na Dordonha: em Bergerac, “gastar é diferente”

Apesar do início tardio da temporada, os profissionais notaram mudanças de comportamento com poder de compra restrito
Em termos de público, o verão de 2025 será mais ou menos semelhante ao de 2024 em Bergerac, na Dordonha. De acordo com os primeiros relatos, o público no posto de turismo do Quai Cyrano se manteve, com "um ligeiro aumento em junho" e uma "ligeira queda em julho", enquanto agosto deve apresentar a mesma tendência de junho. "As decisões sobre estadias estão sendo tomadas cada vez mais tarde, dependendo de vários parâmetros, mas principalmente do clima", observa Marion Cornille, administradora do Quai Cyrano .
Neste verão, o início foi particularmente tardio. "Os aluguéis começaram de fato em 19 de julho e continuaram até 23 de agosto", diz Sarah Vinck, que administra cerca de quarenta propriedades como gerente da Conciergerie Bergeracoise . Em suma, a temporada de verão de 2025 foi particularmente "apertada". No Hotel Le Gambetta, "eles trabalharam bastante bem". "Em relação ao nosso segundo estabelecimento, em frente à estação de trem, registramos uma queda de 20% no faturamento", explicam.
Os estrangeiros presentesOs turistas estrangeiros estavam bem representados, especialmente britânicos, belgas e holandeses, mas também havia mais turistas espanhóis, como observou Pauline Auban no Château de Monbazillac, onde a temporada também foi considerada "satisfatória". No entanto, Quai Cyrano estima que houve menos turistas ingleses este ano (-10%).
"Recebemos mais estrangeiros e menos moradores de Bergerac", observa Jean-Pierre Fourloubeix, presidente da BMG, que administra o Le Vieux Logis em Trémolat e o La Tour des Vents em Monbazillac. Ele estima que os negócios foram "pelo menos idênticos aos de 2024". Mas, para ele, os estabelecimentos foram especialmente "sofredos com a profusão de restaurantes abrindo em Périgord e Bergerac".
Em última análise, os profissionais do turismo observaram principalmente uma mudança de comportamento. "Sentimos a queda do poder de compra", enfatiza Pauline Auban. Um orçamento "constrangido" obriga os turistas a fazer escolhas.
"Eles também sacrificam o tempo de lazer ao se permitirem apenas uma saída paga por semana."
"No Quai Cyrano, vimos que as pessoas estavam dispostas a consumir taças de vinho mais caras, mas menos garrafas, e, nesse caso, tendiam a recorrer a petiscos, que eram mais baratos", explica Marion Cornille. "Elas também sacrificavam o tempo livre, permitindo-se apenas um passeio pago por semana. O gasto era feito de forma diferente."
Requisitos específicos"Eles passam muito tempo em aluguéis", explica Sarah Vinck. A moradora de Bergerac observa que os clientes têm "requisitos muito específicos" sobre o que procuram, com uma preferência, por exemplo, por piscinas aquecidas. A mesma tendência se aplica ao Quai Cyrano, onde os visitantes também têm perguntas muito específicas sobre vagas de estacionamento ou piscinas. No entanto, eventos divertidos como a Murder Party ou as noites Happy Sunset "têm sido um grande sucesso" no Quai Cyrano. No Château de Monbazillac, os eventos noturnos também têm sido um sucesso.
"Precisamos repensar nossos negócios porque não há mais uma tendência clara", diz Marion Cornille. "Precisamos continuar diversificando nossa oferta, porque até mesmo o horário em que consumimos alimentos está mudando."
SudOuest